terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ah, Drummond



clássicos de uma terça a noite! este texto é fantástico, e vale a pena sempre ler e reler (:
boa noite!

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas 
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, 
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável, 
um tempo feliz. 

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projecções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos 
de ter conhecido ao lado do nosso amor 
e não conhecemos,
por todos os filhos que 
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, 
pela eternidade. 

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco, 
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema, 
para conversar com um amigo, 
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe 
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias 
se ela estivesse interessada 
em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, 
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, 
impedindo assim que mil aventuras 
nos aconteçam, 
todas aquelas com as quais sonhamos e 
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, 
mais me convenço de que o 
desperdício da vida 
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

 [ Carlos Drummond de Andrade ]

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano de Xangô e Iansã

Um ano repleto de mudanças, assim foi meu 2012!

A maioria delas são indescritíveis, inenarráveis, únicas e singulares. Ora, não pra menos!
Um ano em que pude encerrar ciclos, para poder me permitir iniciar outros... além de quebrar alguns padrões, também pude conhecer lugares transformadores e pessoas maravilhosas!

Foi realmente o ano em que me permiti viver coisas novas, desamarrar aquilo que não era meu e me prendia, e viver mais sentindo o chamado do meu coração.

Grande parte daquilo que carregamos, que não é nosso, como apegos e padrões, é que nos impedem de ouvir esse chamado, travando assim uma certa evolução a nível energético... o que também pesa é o ambiente que nos cerca, a sociedade num geralzão.

Mas quando podemos andar com pessoas de bem, buscando nos curar, simplesmente seguindo a essência de todos os seres, que é a natureza, podemos evoluir e se não mudamos o mundo em geral, podemos sim, mudar o nosso mundo! Os detalhes sempre fizeram a diferença, então não esqueçamos deles.

Podendo levar pessoas novas comigo em um caminho de harmonia, me senti ajudando a melhorar o nosso mundo... e assim, me ajudando a reafirmar a minha força. Não posso perder muito tempo almejando algo realmente revolucionário, pois estou podendo perceber que o dia a dia já é uma revolução. Viver o presente, sem anseios por um futuro e sem mágoas de um passado, já é uma vitória imensa!

E agora, a tarefa que parece ser mais árdua, a de sustentar! 2013 vem aí, com tudooo... e que tudo que foi mexido possa se encaixar, que as mudanças possam ser vistas e que a força não nos falte para melhorar!

O ano que passou, me abriu a oportunidade de novos conhecimentos... entre eles, algo sobre Orixás. O que não me permite falar disso com grande desinibição, mas que assim, abre a oportunidade para espandir esse campo. Pois bem, 2013 vem regido por dois Orixás fortes, que são Xangô e Iansã.

Xangô, Rei do Fogo e da Justiça e Iansã, Rainha dos Ventos e das Tempestades... por essa breve definição já chega a dar medo do que pode ser um ano regido por eles! Pra quem passou aqui pelo sul, pode sentir os ventos e a chuvarada que abriu esse novo ciclo. Quer sinal mais evidente dessa força mágica?
Mas deixemos de lado o medo, que não é necessário! É só mais um sinal que o ano vem trazendo grandes transformações, que serão bem vindas e que nem passe pela nossa cabeça recuar delas!

Pois bem, com meu pequeno conhecimento sobre tal, desejo que Xangô traga a justiça necessária para que possamos ser honestos e humildes com nós mesmos e com nossos irmãos, com a clareza do fogo transmutador e que Iansã varra com seus ventos todos os malfazejos que atrasam nossa evolução e confundem nossa mente, levando pra longe com suas tempestades, limpando corpo e coração!

Que sejamos justos e fortes nesse ano novo! Com todo axé e com muito amor (:
" o meu pai é o dono do fogo, o meu pai é o rei Xangô! "